" CANTURIA"
Nóis gosta do intardecê,
quando a noitinha cai,
nós fica como quê,
isperando o Sol que se vai.
Nóis acende a foguera,
Em quarqué lugar de mato aberto
nóis apea do cavalo e ispera,
que tudo vai dá certo.
E cumé bom a tardinha,
ouvi a jiripoca então piá,
na beira do rio na cascatinha,
e a labareda do fogo fazê suá.
E cumé bom a viola pegá,
e riscá o solo duma cantiga,
du lado uma muié bunita chorá,
no refrão de musica antiga.
E quando chega a boca da noitinha,
um gole de cahaça desce legar,
e a muié cantando a modinha,
nós faz a viola chorar.
Ai meu bem oía pra mim,
caquele olhar de mutissoca,
eu fico assim,
como quem come paçoca.
E seu olhar de muié trigueira,
me chama prum beijo gostoso,
e nós rola no calor da fogueira,
Que num caba nunca esse trem meloso.
E nessa delicia de " canturia" que num se acaba
Eu e ela, nós juntim braçado,
Num larga nem cum reza braba
Nóis gosta é de amar traçado.
Óh ! Santa Maria das paixão gostosa,
Rogai por essa delicia manhosa ,
deixa que eu vire essa noite dengosa,
Nos braços dessa muié fogosa.
É nós na roça!
Nóis gosta do intardecê,
quando a noitinha cai,
nós fica como quê,
isperando o Sol que se vai.
Nóis acende a foguera,
Em quarqué lugar de mato aberto
nóis apea do cavalo e ispera,
que tudo vai dá certo.
E cumé bom a tardinha,
ouvi a jiripoca então piá,
na beira do rio na cascatinha,
e a labareda do fogo fazê suá.
E cumé bom a viola pegá,
e riscá o solo duma cantiga,
du lado uma muié bunita chorá,
no refrão de musica antiga.
E quando chega a boca da noitinha,
um gole de cahaça desce legar,
e a muié cantando a modinha,
nós faz a viola chorar.
Ai meu bem oía pra mim,
caquele olhar de mutissoca,
eu fico assim,
como quem come paçoca.
E seu olhar de muié trigueira,
me chama prum beijo gostoso,
e nós rola no calor da fogueira,
Que num caba nunca esse trem meloso.
E nessa delicia de " canturia" que num se acaba
Eu e ela, nós juntim braçado,
Num larga nem cum reza braba
Nóis gosta é de amar traçado.
Óh ! Santa Maria das paixão gostosa,
Rogai por essa delicia manhosa ,
deixa que eu vire essa noite dengosa,
Nos braços dessa muié fogosa.
É nós na roça!