Canção de Cordel

Nas noites brejeiras

Que só o sertão da de ver

Os mistérios guardados

Do  velho sacy Pererê .

Mula sem cabeça

Passa trotando garbosa

No chão seco toda  prosa

Muleque sem dente treme

Destas modinhas contadas

Pela véia senhora do zoião

Nas noites enluaradas.

Inté madrinha do chico leiteiro

Um dia contou das feituras

Das noites quentes do barreiro

Quandu ja viu lobisomem

Correndo atrás do Zé barbeiro.

Onça pintada largou ninhada

Cheia de medo a coitada

Dos uivos do lobisomem

Na beira do Riachão

Corria com tanto medo

Que o rabo limpava o chão.

E assim fica contada as historias

do velho sertão neste mar de xique-xique

Quem quiser  fica de olho

quem não  quiser não  acredite.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 01/03/2021
Código do texto: T7196014
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