Compadre Nerso Tatu
Fale, Compadre Zé Maneta
Tive um prano, bom pra chuchu
Em veis de nóis, acabá com “um”
Matemo logo dois aribu
Com um gorpe só, de picareta!
O prano vai ser o seguinte:
Primeira parte/
Vamu armá uma imboscada
Pro ‘corona' se ferrá
Levando ele prum boteco
Fazendo tomá uns treco
adispois atiçá o disinfeliz
Beber bastante e pedi "bis"
Inté caí e ali mesmu, ajojá!
Segunda parte/
Amarrá numa bicicreta velóis
Com uma máscra bem groça
Pedalando morro arriba
Puxando a gente numa carroça
Pra ele se cansá bastante
Xicoteando esse purganti
E aprender de uma veis por todas
Quem manda agora somus nóis
E não esse, meliante!
Corona falando/
Eu já não aguento mais
Tá me fartando inté o ar
Acho que não vai dá
Eu não vou conseguir chegá
Quero pará só um pouquinho
Descansá uns minutinhos
Adispois podemu continuá!
Nada disso seu forgado
Ninguém te chamô aqui
Pedala mais, e mais lingero
Tu qui já rodô o mundo intero
Fazendo tanta mardade
Um monte de barbaridade
Agora trate de corrê
Pois não demora vai chovê
Então pedale, marvado pedale!
Compadre aqui já tá bom
Estamu bem no arto da cerra
O disinfelis tá quase morto
Tá vendo como ele é froxo?
Vamu amarrá, bem amarrado
Com pedras pelo pescoço
Aqui do arto da ribanceira
Jogá ele na pirambeira
Morro abaxo, morro arriba
E acabá com este ixcumungado!
"Compadre Zé acabamu com “dois” e agora farta mais 17...