"LIVRANDO-SE" DA TIRANIA
Não fazemos
O jogo do celular.
Não queremos
O jugo do celular.
Preferimos
O papel a folhear,
No canto de amor ao livro,
Que seu leitor deixa livre
Para escolher
A hora de ler.
Nada de chamadas a todo instante,
Ofertas mirabolantes,
Essa pressão incessante
Para olhar a telinha torturante.
Melhor com uma boa leitura deleitar-se
Do que tanta mensagem boba a deletar-se.
Livros são como velhos amigos,
Boa companhia,
De toda hora.
Celulares são apenas fingidos,
Sem bateria,
Dão o fora.
Livros não se opõem à modernidade,
Não pretendem a tirania,
Nem possuem radiação que machuque.
Seguem atentos à nossa realidade,
Tiveram até a fidalguia
De adaptar-se, na forma de E-Book.
Todo mérito tem quem lê,
Nisso cremos de modo declarado.
Futuro ideal, logo se vê,
Tem presente o que é bom do passado.
No fundo, gibi, disco, celular,
Todos hão de ter seu lugar.
Enfim, queremos tão-somente
Ler e livrar-nos da corrente.
Setembro 2020