POETA EM CRISE

Como o dinheiro aqui e sempre minguado,
vivo buscando, fazer a máxima economia,
antes de comprar vou em dez supermercado,
economizo até em compra de melancia.

Por que meu orçamento anda tão defasado,
pagar algo caro está causando arritmia,
uma falta de sono e me sentindo enforcado,
tudo muito caro, está provocando agonia.

Sem querer estou subindo em alambrado,
pagar caro descarrega a minha bateria,
com a carteira no bolso,dinheiro mapeado,
agindo desse modo não afundo na baía.

Ando muito, para não ser trapaceado,
sei que ninguem vai me ganhar na bicaria,
pois tenho o dinheiro preso num cadeado,
a notinha que sai, precisa de consultoria.

Alguns produtos tem demais me tentado,
para não comprar até gosto dessa fobia,
e esses desejos facílmente tenho freado,
mesmo que minha vontade faça estrepolia.

Meses e meses, sempre tenho enfrentado,
a infelicidade de ver minha carteira vazia,
mesmo economizando as vezes sou derrotado,
já estou pensando em apelar para bruxaria.

Inflaçao, preço alto, isso me deixa atolado,
água , saudade de quando só cerveja bebia,
de tantas coisas, pelo preço fui bloqueado,
hoje uso lápis,antes com caneta escrevia.

Algumas coisas de artimanha tenho usado,
um exemplo,tomo café na casa da minha tia,
mas tem coisas que não tenho economizado,
que são as rimas de toda minha poesia.

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 18/07/2020
Código do texto: T7009662
Classificação de conteúdo: seguro