MINHA SOGRA É UMA RAINHA...! 
(e eu vou provar que ela é...)
 
"Dedico a este grande humorista brasileiro,
Paulinho Gogó, 
Da praça é nossa"
(Todas as quintas-feiras, no SBT)

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Dia desses...
Logo depois do casamento
Proseando com o meu sogro
Um homem calmo, bom e pacato;
Me contou na época, um acontecido
Onde fiquei surpreso e estarrecido
Pensei na filha,..., minha esposa
Me senti na hora, um trouxa
Uma presa! ...um rato!
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Disse ele:
Olha meu genro,
Não é fácil não, essa sua sogra
Um dia saímos mata adentro para casar
Mata fechada, com animais e cobras venenosas
Suado, cansado e com muita sede
De repente passa por mim um negócio verde
Era uma cobra enorme e perigosa!

Corri como nunca tinha corrido,
Como se fosse um raio
Sebo na canela, que nem quis olhar para traz
Na hora a gente nem sabe o que faz
Parecia que ela estava grudada, no meu calcanhar
Nem deu tempo de lembrar do cansaço
Não notei que havia esquecido, da nega véia
Só pensava em escapar daquela miséria
Ali, eu é quem me senti, um rato!

Andei e corri mais ou menos uns dez quilômetros
Na certeza de ter me livrado daquele grande perigo
mas me deu logo um "remórço",
De deixar a esposa, tadinha
Voltei pro mesmo lugar, morto de medo
Pra buscar minha neguinha
Agora vou te contar um segredo
Na verdade tinha era que ter dó era da pobre da cobra,
Pois a nega, a tua sogra, era muito mais perigosa!

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Quando cheguei elas estavam rolando no chão
Tinha até plateia para ver a luta das feras
Com apostas abertas de dez pra um
(a favor da serpente)
E hora a cobra estava toda enrolada nela
Num instante, a nega estava sobre a magrela
A cobra batia com o rabo no chão pedindo socorro
Genro pode acreditar no que digo
Tu sabe né meu amigo que esse teu sogro, não menti!


A nega levou uma baita mordida na batata da perna
O veneno deveria, se espalhar rapidamente
Não deu outra, a nega ferrou também com seus dentes
A cobra coitada, durou uns dezessete segundos, se tanto
Mas a tua sogra que tem o veneno, mais forte do mundo, (Nisso eu garanto)
Apenas sentiu umas náuseas e a boca um pouco dormente!

Esta aventura se deu exatamente a uns quarenta anos atrás
E a nega velha, tá aí como você vê mais forte que nunca
Deu pena da cobrinha, coitadinha lá no chão estirada
Encontrou pela frente uma verdadeira rainha
Que sabia usar direitinho o veneno que tinha
Pobre da bichinha, foi mexer com a 'jararaca' errada!

E hoje, exatamente hoje, comemora o seu aniversário
Lúcida, contando ainda para todos, sua incrível façanha
Soprando oitenta velinhas, sem a ajuda de bombinha de ar
De vez em quando ela sonha que estou morrendo
Sacudo ela e pergunto, nega o que está acontecendo?
Sonhei que a morte e a cobra, vieram aqui pra te buscar!
             
(sai pra lá, nega)

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Eu não falei que a minha sogra é uma rainha?
Das cobras,
Mas; uma rainha!
 
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Espaço de...
Jacó Filho

 
Faz-se soro do veneno,
Mas da sogra ninguém tira.
Então se morde, suspira,
Você já está morrendo...

 
SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 28/06/2020
Reeditado em 29/06/2020
Código do texto: T6990108
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