VOAR
Francisco de Paula Melo Aguiar
Nunca dê olhos
Aos seus ouvidos
Porque mato tem olhos?
E parede tem atrevidos?
Ah! O que a alma sente
Não sente...
E o corpo não vê...
Ah! Fazer o que você quer
Jamais! Nunca pensar
Acorda com a mão no ferro
Ah! Entre o martelo e a forja.
Não importa o tamanho da pedra
Qualquer que seja é empecilho
É sempre montanha, abismo.
Transponível para quem tem asas
E sabe voar...
E intransponível para quem quer voar
E não tem asas.