*** Avêsso do Dia ***

Olho para o calendário,
e reparo na inércia...
Que à ele... O tempo submete!
Perde dia... Após dia,
e nenhuma lágrima verte!
         ***

Com uma certa letargía...
Ponho um dia à mais...
Na minha conta!
Empacoto com cuidado,
dobro do dia... As pontas,
com uma fita... Amarro uns laços,
num arremate caprichado!
Num toque de nostalgía...
Tomara que haja espaços,
Pra guardar... Mais uns mil dias!
           ***
Há aínda... O argumento...
De que a noite... É do dia...
O avêsso!
Igual a um menino travêsso...
Com esperteza experimento,
e quando o dia se finda...
Meus sonhos... Eu arremesso,
desviro e passo pro avêsso,
continuando na berlinda!
          ***
Neste jogo é natural...
Que entre noites e dias...
Direito... Avêsso... Coisa e tal,
Eu não perca... A sintonía...
E viva em Paz... Com meu rival!!
 

( 10/10/2007 )

 

IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 10/10/2007
Reeditado em 10/10/2007
Código do texto: T688951
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