CANTO DE BALCÃO
Sim senhor,eu sou um boiadeiro,
sou um boiadeiro da arruaça,
sou tambem um cachaceiro,
sou chegadinho na cachaça.
Tenho a mão cheia de calo,
e respiro a poeira do sertão,
sim, vivo caindo do cavalo,
e enfiando a cara no chão.
Por mais bêbado que fique,
nunca me separo do garrafão,
meu paraíso e o alambique,
ou o canto de um balcão.
O sol e o meu companheiro
na estrada e tambem na rua,
bebo cachaça o dia inteiro
e a noite, bebo com a lua.
Sou um bêbado por profissão,
e concordo que sou um bebum,
mas nunca tomo com limão,
e não gosto da cinquenta e um.
Nunca fui pro fundo do poço,
isso tenho certeza, e falo,
como pra burro no almoço,
ontem comi sozinho um galo.
Sim senhor,eu sou um boiadeiro,
sou um boiadeiro da arruaça,
sou tambem um cachaceiro,
sou chegadinho na cachaça.
Tenho a mão cheia de calo,
e respiro a poeira do sertão,
sim, vivo caindo do cavalo,
e enfiando a cara no chão.
Por mais bêbado que fique,
nunca me separo do garrafão,
meu paraíso e o alambique,
ou o canto de um balcão.
O sol e o meu companheiro
na estrada e tambem na rua,
bebo cachaça o dia inteiro
e a noite, bebo com a lua.
Sou um bêbado por profissão,
e concordo que sou um bebum,
mas nunca tomo com limão,
e não gosto da cinquenta e um.
Nunca fui pro fundo do poço,
isso tenho certeza, e falo,
como pra burro no almoço,
ontem comi sozinho um galo.