Sede de sangue ( Exéquias de um pernilongo)

Vendo o mosquito exangue,

Esmagado na parede,

Percebo nele meu sangue,

Me levanto, então, da rede.

De vingança, tenho sede.

Quero extinguir toda a gangue,

Mesmo que tudo eu deprede,

Com o chinelo/bumerangue.

Que mosquitada sem jeito!

Me tirando o repertório

Nada me resta a ser feito...

Pois esse enxame maldito

Chegou, todo pro velório

Do tal finado mosquito.

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 16/01/2020
Reeditado em 21/09/2021
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