Morango da Jacutinga

Francisco Alber Liberato

A cidade era uma felicidade só

Todo mundo comia morango sem dó

O preço era bom e o sabor um amor

Fruta suculenta, apetitosa

Gostosa fruta que acalenta

E a todos a boca esquenta

Num instante um restaurante

Iguaria de puro prazer

Maduro Priapo, bom de papo

Não era casado, mas sim amancebado

Com uma linda cabritinha

Daquelas de parar o trânsito

Interesse ele também tinha

Em degustar morango

E com seu jeito tácito

Doido pra comer uma frutinha

Foi até a banca da Jacutinga

Embora já na hora da xepa

Ele firme e contundente

Com um desejo ardente

Mandou buscar o morango

E na sala surgiu de repente

Rebolando de espartilho vermelho

Um monumento enlouquecedor

E o Priapo armado

No meio da caatinga

Armou salseiro danado

Na casa da Jacutinga

Pense numa vergonha

Uma tremenda baixaria

A mulher trabalhando

E o homem na putaria.

Alber Liberato Escritor
Enviado por Alber Liberato Escritor em 03/09/2019
Código do texto: T6736495
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