CONFISSÕES DE UM MARIDO DE MENTIRINHA
(Sócrates di Lima)
Minha querida marida,
depois do nosso casamento,
Você ficou um tanto precavida
nem usou mais nosso anel,
Acho que você ficou em tormento,
Com medo da nossa lua de mel.
Minha querida esposa de mentirinha,
Você me olha com esse seu jeitinho dengoso,
Parece uma menininha,
Que me deixa assim, manhoso.
Mas na verdade você não se atreve,
Nem ficar perto nem longe de mim,
Nem um bilhete me escreve,
Só porque tem medo do Noratim.
Mas não se preocupe marida,
Já ajuizei ação de divórcio,
Não queria,mas, você se faz desconhecida,
E eu não quero um sócio.
Nossa Lua de mel virou fel
Mas eu não ligo,
Era mesmo um casamento sem papel,
Você jamais viria comigo.
Foi tão bom aquele selinho,
E nossas trocas de olhares bandidos,
Contudo, adoro esse seu jeitinho,
Que me deixa assim de desejos atrevidos,
Só terei que ter paciência minha menina,
como assim nos convém,
Esperar a festa junina,
Do ano que vem!
Quero que você venha a saber,
Que lhe tenho muito carinho e ternura,
Nosso tempo distante me faz ver,
Que seria talvez uma tremenda loucura.
Ah! Minha querida marida Keyla
Estrela dos crepúsculos meus
Quisera como seu marido te-la
todas as noites nos braços seus.
O dó de mim...
Estava tão esperançoso feito um querubim,
Queria tanto nós três assim,
Eu, você e o nosso Noratim.
KKKKKKKKKKKKKK... parece que não sei!
Gargalho nas lembranças daquele dia,
Mas só me resta nesta poesia,
Gritar bem alto... - dancei!