Moça-Dama
Veio até mim uma moça de cabelo enrolado
Com um olhar mirado
E magra que força o olhar.
Vinda contra o sol seu rosto enaltava
Tamanha feiura era de se admirar
Quanto mais se aproximava
Mais me despia de olhar.
Era eu o João Marmota
Roupa de cota toda rasgada
Vinda de além dos meus irmãos lá para trás de meu tataravô
Ela por mais que desarrumada vinha atualizada
De salto alto e de vestimenta inadequada.
- O que há em mim que não para de me oiá? Perguntou-me ela com dentes a faltar
- Em você a uma esplêndida singularidade, onde não se encontra a redores da cidade
- Felizmente não caibo em teu caminhão, nem com carruceria haviria jeito de me aguentar
- Que pena, nunca houve gente tão serena sobre os meus olhos a ressaltar.
Aquela moça-dama jogou uns piolhos sobre meu rosto e dali foi-se regar os olhos de outros homens pelo quarteirão.