Moça-Dama

Veio até mim uma moça de cabelo enrolado

Com um olhar mirado

E magra que força o olhar.

Vinda contra o sol seu rosto enaltava

Tamanha feiura era de se admirar

Quanto mais se aproximava

Mais me despia de olhar.

Era eu o João Marmota

Roupa de cota toda rasgada

Vinda de além dos meus irmãos lá para trás de meu tataravô

Ela por mais que desarrumada vinha atualizada

De salto alto e de vestimenta inadequada.

- O que há em mim que não para de me oiá? Perguntou-me ela com dentes a faltar

- Em você a uma esplêndida singularidade, onde não se encontra a redores da cidade

- Felizmente não caibo em teu caminhão, nem com carruceria haviria jeito de me aguentar

- Que pena, nunca houve gente tão serena sobre os meus olhos a ressaltar.

Aquela moça-dama jogou uns piolhos sobre meu rosto e dali foi-se regar os olhos de outros homens pelo quarteirão.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 09/06/2019
Reeditado em 09/06/2019
Código do texto: T6668407
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