NOVO CRIADOR,VELHAS CRIATURAS (Poema neobarroco IV)

Superfície de barro a do barroco, se digo carro, entenda cavalo:

Farei o golem, serei criador ... (a dor cria apenas malogro)

Imprimirei o aleph na testa - Ateste-me naquilo que lhe falo,

Dançarei, cantarei, celebrarei como poucos - Pomos espouco ao fogo.

Meu desejo, ser o salvador ! Se a dor salva, lavas, lavas de dor !

Espelho-me em murmúrios de floresta: Resta flor no calvário do amor ...

Sou o homem que constrói novos homens; mensuro, portanto,humanidade.

Tomo aos goles cada nota da gaita de foles: Sirigaita,soles no bar da orgia!

Todas onisciências agora me consomem, somem com minhas iniquidades.

Converterei os dólares em Dolores, marias moles ( Mama leria minha picardia...

No Éden serei aquele lá do galho (Galhofas como setas de Cupido),

Que estilingua cada nova alma chegante: Te chegam almas como antes ?

Não me permito mais os atos falhos, falham-me atos, altos estalidos.

Cantarei melhor, serei anjo, até que cante, conte feito quartel de Abranches.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 08/04/2019
Código do texto: T6618186
Classificação de conteúdo: seguro