NOVO CRIADOR,VELHAS CRIATURAS (Poema neobarroco IV)
Superfície de barro a do barroco, se digo carro, entenda cavalo:
Farei o golem, serei criador ... (a dor cria apenas malogro)
Imprimirei o aleph na testa - Ateste-me naquilo que lhe falo,
Dançarei, cantarei, celebrarei como poucos - Pomos espouco ao fogo.
Meu desejo, ser o salvador ! Se a dor salva, lavas, lavas de dor !
Espelho-me em murmúrios de floresta: Resta flor no calvário do amor ...
Sou o homem que constrói novos homens; mensuro, portanto,humanidade.
Tomo aos goles cada nota da gaita de foles: Sirigaita,soles no bar da orgia!
Todas onisciências agora me consomem, somem com minhas iniquidades.
Converterei os dólares em Dolores, marias moles ( Mama leria minha picardia...
No Éden serei aquele lá do galho (Galhofas como setas de Cupido),
Que estilingua cada nova alma chegante: Te chegam almas como antes ?
Não me permito mais os atos falhos, falham-me atos, altos estalidos.
Cantarei melhor, serei anjo, até que cante, conte feito quartel de Abranches.