ANO NOVO

"A cigana lera-lhe as mãos, bons negócios,

Novos ventos, novo alento e novo sócio !

Livrar-se-á de ataque apoplético

E o Cruzeiro depenará o Atlético ..."

A canção saudava o novo ano

E todos bebiam e riam no convés.

Tonto, viu-se meio mareado.

Vomitou lançado ao oceano:

Nado, grito, nada via de viés -

Senhor, provenha-me de nado !

Nenhum clamor de homem ao mar!

O navio sumia-se, escurecia o lugar.

Eis, então que avista a barbatana!

Parabéns, senhora dona cigana!

Inspirado no conto Homem Ao Mar, de Winston Churchill quando jovem.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 06/04/2019
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