ANO NOVO
"A cigana lera-lhe as mãos, bons negócios,
Novos ventos, novo alento e novo sócio !
Livrar-se-á de ataque apoplético
E o Cruzeiro depenará o Atlético ..."
A canção saudava o novo ano
E todos bebiam e riam no convés.
Tonto, viu-se meio mareado.
Vomitou lançado ao oceano:
Nado, grito, nada via de viés -
Senhor, provenha-me de nado !
Nenhum clamor de homem ao mar!
O navio sumia-se, escurecia o lugar.
Eis, então que avista a barbatana!
Parabéns, senhora dona cigana!
Inspirado no conto Homem Ao Mar, de Winston Churchill quando jovem.