"A PRIMA DONNA E A PRIMAZIA DE SER DONA"
"A PRIMA DONNA E A PRIMAZIA DE SER DONA"
"Nos antigos salões de festa, onde a sociedade da época se reunia
E a tola vã das vaidades se manifestava
Surgiu um dia uma diva, que tudo cantarolava
Reunia seus convivas em torno da mesa
E não esperava ninguém acabar a sobremesa
Linda diva, matrona dos seus cinquenta
Onde a fina flor da sociedade
A sua casa frequenta
Odila era o seu nome
Ela vivia no piano e no divã
Fazia vistas grossas à pobreza
De onde saíra à boca pequena
Um belo dia, com um tenor se enroscou
Fugiu com ele para Paris,
Deixando marido e três crias
Vejam só, Odila acabou numa fria
O tenor era contralto,
Farinelli Il Castrato, um eunuco de primeira
Quando caiu em si, a pobre Odila
Deu três vivas para a platéia
E nunca mais amou!"
Julio Cesar Mauro
24/03/2017