PENDEM ESTRANHOS FRUTOS ...

Não sei como pude ter naquele lugar.

Vi-me ao remo, só, canoa n'águas pantanosas,

Névoa densa, nervos à flor da pele, ia mal.

Sentia batidas como que o coração a dar

Sinais, efeito enredo de histórias famosas,

Ali fazia alerta todo instinto animal.

De repente, uma estranha árvore frutífera,

De cada de seus vinte galhos pende um fruto,

O estranho putrefato fruto de enforcado.

Desconheço a causa daquela planta mortífera -

Não fora nosso mal produto interno bruto -

Ri daquilo, remo a remo, passei do lado ...

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 15/11/2018
Código do texto: T6503058
Classificação de conteúdo: seguro