EFEITO NO ESFÍNCTER EXTERNO.

Ia para o ensaio do Lagoano.

Caminhava assobiando.

Pela estrada cantarolando.

Já era festa de fim de ano.

Surgiu uma mulher correndo.

Nua, cabelo solto.

Sem rosto.

Bateu logo o medo.

O couro cabeludo arrepiou.

Não! ... A desgraça tem rosto.

Senti o desconforto.

De que se mijou.

O corpo todo tremeu.

A calça colou.

Nada mais parou.

Logo um líquido morno desceu.

Coisa ruim é o medo.

No escuro é pior.

Vê-se tudo.

E sempre tamanho maior.

Ela gritou.

Minha bexiga esvaziou.

Como magica a calça molhou.

Nem percebi que o fundo sujou.

Um animal relinchou.

Apareceu e não parou.

Tudo se espalhou.

Logo o caminho sujou.

Pelo visto.

Nem era visto.

Mas qualquer um me acharia.

Só pelo odor na correria

De maneira direta.

Falaram-me da MATINTA.

Que até podia ser PEREIRA.

Que se deu numa borradeira.

DOMINGOS INÁCIO.

DOMINGOS INÁCIO
Enviado por DOMINGOS INÁCIO em 24/09/2018
Código do texto: T6458443
Classificação de conteúdo: seguro