EFEITO NO ESFÍNCTER EXTERNO.
Ia para o ensaio do Lagoano.
Caminhava assobiando.
Pela estrada cantarolando.
Já era festa de fim de ano.
Surgiu uma mulher correndo.
Nua, cabelo solto.
Sem rosto.
Bateu logo o medo.
O couro cabeludo arrepiou.
Não! ... A desgraça tem rosto.
Senti o desconforto.
De que se mijou.
O corpo todo tremeu.
A calça colou.
Nada mais parou.
Logo um líquido morno desceu.
Coisa ruim é o medo.
No escuro é pior.
Vê-se tudo.
E sempre tamanho maior.
Ela gritou.
Minha bexiga esvaziou.
Como magica a calça molhou.
Nem percebi que o fundo sujou.
Um animal relinchou.
Apareceu e não parou.
Tudo se espalhou.
Logo o caminho sujou.
Pelo visto.
Nem era visto.
Mas qualquer um me acharia.
Só pelo odor na correria
De maneira direta.
Falaram-me da MATINTA.
Que até podia ser PEREIRA.
Que se deu numa borradeira.
DOMINGOS INÁCIO.