A morte é um cara

A morte é um cara mal-educado

Chega sem ser convidado

Corre apressado todo cagado

Louco para apertar alguma mão

Precisa entrar em ação

Nem diz obrigado

A morte é um cara grosseiro

Não respeita a família

Nem mãe nem filha

Vem querendo chamar atenção

Interrompendo o assunto

Leva o pai na conversa, pensa que tem razão

A morte é um cara maluco

Vem com papo de passeio pelo vale azul

E carrega com ele alma de vitima inocente

Sobrando um buraco para muita gente

A morte também é um cara desastrado

Carregando sua foice

Tropeça no tempo

Perde-se no horário

Chega atrasado

Levando a primeira vitima ao lado.

Helena Douthe
Enviado por Helena Douthe em 09/09/2018
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