A morte é um cara
A morte é um cara mal-educado
Chega sem ser convidado
Corre apressado todo cagado
Louco para apertar alguma mão
Precisa entrar em ação
Nem diz obrigado
A morte é um cara grosseiro
Não respeita a família
Nem mãe nem filha
Vem querendo chamar atenção
Interrompendo o assunto
Leva o pai na conversa, pensa que tem razão
A morte é um cara maluco
Vem com papo de passeio pelo vale azul
E carrega com ele alma de vitima inocente
Sobrando um buraco para muita gente
A morte também é um cara desastrado
Carregando sua foice
Tropeça no tempo
Perde-se no horário
Chega atrasado
Levando a primeira vitima ao lado.