O CANOEIRO DO RIO PANGARÉ

Não me lembro,qual foi esse lugar mesmo,
que catei um porquinho, para um torresmo,
mas o meu barco nessa noite quase afunda.
Ali bem na curva, tem um temeroso sumidouro,
que se afundar, não sobrará mas nem o couro,
foi ali que me pegaram,levei porva na bunda.

Navego bem longe de um sítio,que tem guarda,
e como já escapei do projetíl dessa espingarda,
passo por lá em silêncio,como  cobra carinana.
Mas tem notícias que as vezes me favorece,
me contaram que ele ia beber na quermesse.
e nessa noite o barco voltou cheio de banana.

Meu barco e preparado sempre para a fuga,
e funcionou bem,quando carregava a tartaruga,
perceberam,e soltaram um baita perdigueiro.
Mas nesse dia tinha estoque,uma gorda franga,
e sobremesa,da noite anterior,um saco de manga,
trabalhar nada, mas sou um ótimo canoeiro,

Sou muito bom no remo,tenho força do Sanção,
e quando tenho que fugir,de alguma região,
na água sou mais rápido que estrela cadente.
Nessa vida já tomei muito banho, não de ducha,
quando via vizinho armado,com faca e garrucha,
aprendi na marra, a remar contra enchente. 

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 29/08/2018
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