Placar Funerário
Bem cedo quando acordo
Vou ao centro da cidade
Nas paredes eu procuro
Lá esta a novidade.
Passo uma, passo duas
Parece até que é jornal
Missa de ano, mês e dia
No placar, só funeral.
O burburinho na cidade
Ferve num tal de zum, zum, zum
Falam todos, falam debaldes
Da bondade de cada um.
Dia a dia foi camarada
Só traiu a sua amada
De débito ou falsidade
Lembrar é uma maldade.
Nota: Onde moro, existe uma prática de noticiar falecimentos, missas de sétimo dia, mês ou ano de falecimento, fixando nas paredes do centro da cidade um panfleto funerário, o que originou esta poesia,