AS LARÁPIAS

Promessas, volúpias sem fim:

Assim prometiam Estér e Edneia

A homens solitários nos bares.

Uma negra breu, outra alvo marfim,

Eram duas deploráveis teteias,

Prometiam amor além de pares...

Olhares hipnóticos, insinuantes.

Sorriso sorriso de modo brejeiro.

Eram serpentes, diria, esvoaçantes

Paulistas com malícia de Rio de Janeiro.

Eles bebiam e bebiam, elas também,

Mas forravam os buchos às custas deles.

Quando se avizinhava a "Noite de Meu Bem",

Como bolas de bocha, fugiam aos risos dos trotes neles.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 22/08/2018
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