LASTIMÁVEL SERENATA
Tarde da noite e o bêbado canta
Numa voz pastosa o seu pastiche.
A homenageada gela-se alvissanta
Ante a serenata do patife.
Pobre jabiraca, digo, donzela,
Princesa acastelada na choupana
E ele, com bafo de mortadela,
Faz a corte prá madama.
Se ao menos cantasse bem
Ou ficasse um pouco muito rico...
Mas não passa de um zé ninguém,
Voa-lhe à cabeça um penico.