FEBRE AMARELA

Esse assunto está meio esquisito
nem sei se pra isso tem uma trova,
mas se não vacinar contra o mosquito
estou prestes a ir para a cova.

Ele quer tirar a tampa da minha panela
mas vou procurar proteger o meu subaco,
com esse surto da tal febre amarela
por nada irei onde tem o tal macaco.

Sei que mais que essa poesia trove
embora eu seja cara forte e marrudo,
sem vacina não vou a dois mil e dezenove
dizem que o bicho gosta de picar pançudo.

Sei que e perigoso, pois não sou cego
sobre isso já falaram tanto, muita buia,
como tenho medo de ir para o caixa prego
vou correndo pra farmácia entrar na aguia.

Se encontrasse esse virús que tanto odeio
o colocaria na pontade um estilete,
após dar nele uma surra, cortaria pelo meio
nesse desgraçado, queria dar um cacete.

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 30/07/2018
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