AINDA MORRO DISTO.



Entrei n’um bar da minha rua
Uma mulher negra sorridente,
Exibia-se para amantes da lua
Ou donos da noite decadentes.

Pele bonita diria até aveludada
Decote aberto como a chamar,
Dizendo agarre esta assanhada
Que está doida pra se enroscar.

Eu não queria, mas o olhar azul,
Prendeu-se naquela bela figura,
Olhava as pernas, o norte e sul,
Bunda arrebitada presa à cintura.

Um dedo longo içou meu queixo
Olhos nos olhos e sorriso franco,
A boca diz se quiser eu te deixo,
Misturar este preto com branco.

Ai mulher não ferre meu nome
O capim cheiroso vai me matar,
Bode velho tá doido com fome
E perguntas se ele quer pastar?
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 01/05/2018
Reeditado em 14/05/2018
Código do texto: T6324074
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