CARTILHA BRASILIENSE

Adeus amigos industrializados, nem queiram fazer chiliques...

Não chamem meu nome: - Caaaarlos!

Quando me encontrarem no Prezunic

Adeus salsicha, queijo amarelo, presunto!

Não vamos falar mais deste assunto!

Para melhorar, preciso obedecer, a cartilha brasiliense da Ynnaê.

Ela já chamou reforços; Intervenção militar da nutricionista Monique!

Por isso, não respondo nem mais o zap do refrigerante, não critique!

Adeus Senhor Hambúrguer! Gata sensual batata frita!

Se me avistarem no Multi Market, vê se logo me evita!

Mutilarei minha vontade desmedida, não quero partir cedo desta vida!

Não atenderei o jequeti do pão francês,

sedutor de incautas narinas!

Nem olharei para desavergonhada mulher

que chamam deusa Margarina!

Abraçarei sim, o pote de light requeijão, com a força de uma paixão!

Adeus biscoito, fritura, goiabada... Arroz integral é minha namorada!

Por favor, alimentos antigos não me venham com ciúmes!

A partir de agora no meu Face, só as frutas e os legumes!

Intervalos longos nas refeições? Never entrarei nesta fria!

A glicose fica enlouquecida dá vexame; vira hipoglicemia!

Sazon nem de batom! Caldo Knor nem da vovó!

A coisa não está tão feia, depois da janta ainda tem ceia!

Longe de mim cruéis diabetes! Morte súbita ao malvado colesterol!

Vermes, seus dias estão contados, ela receitou Albendazol!

Para andar do meu lado, leite? Só se for desnatado!

Água irriga? Abrirei uma filial da Cedae na minha barriga!

Macarrão vê se não teima! Escondam de mim a guloseima!

Por que já está tudo escrito, cego é aquele que não ler!

Para melhorar, preciso obedecer, a cartilha brasiliense da Ynnaê.

CARLOS HENRIQUE MATTOS
Enviado por CARLOS HENRIQUE MATTOS em 02/03/2018
Reeditado em 06/03/2018
Código do texto: T6268633
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