Circo Girante
Roubaram o circo
Levaram em dinheiro,
Um dia integral de magia.
Suspeita recai sobre o mágico
- E os palhaços não fizeram nada!
Roubaram o circo novamente
O mesmo, só que num longínquo arruado.
Desta vez levaram o globo do globo da morte.
Por lances em etapas, restaram motocicletas
em nenhum giro de futuro.
Suspeita recai sobre certo senhor de fato, alinhado de fato,
Aposentado de leões, domador de podles que saltam,
Entre rodas de fogo e cadeiras.
Talvez quisesse fugir,
Seguir como caminhante errante,
Mistura de Chaplim e Cervantes,
Por razões de moto-próprio,
Furtasse num lance de sorte,
O globo do globo da morte.
De modo que além do roubo que campeia,
A bilheteira, esgotada, irresoluta,
Preferia ser cortada aos pedaços (Houdine)
Para receber salário em duas partes.
Os investigadores examinam o local,
À procura de gatos e larápios,
Observando o alto como se orassem
Aos trapezistas sorridentes,
Indiferentes a qualquer hipótese de risco iminente.
Roubaram a lona colorida,
Roubaram o atirador de facas,
Roubaram os bolsos vazios,
Dos elementos em cena.
Entre palmas coloridas da alegria...
Só não meteram a mão
Com o elefante do anão.