O MERLIN DE ABA RETA
Pelas barbas do profeta!
Até o Merlin de aba reta
E cabelo platinado em sua kombosa
Ao meu lado, o quieto Arthur
Que, na estrada pra Jaú,
Derrubara refri na Excalibur
Ó, Arthur, jovem rei
O que pensará seu Jaciro, vosso pai,
Quando souber deste vacilo?
Espero que não termines em castigo
Imagine se Zeus fica sabendo
E decide puni-lo como Prometeu?
E com Prometeu foi promessa cumprida…
(ah, longe daquele monstro estou eu,
que sorte a minha!)
Mas, enfim, o Arthur é boa pinta,
o pai fará aquele discurso básico,
pedindo para que não se repita
Pois as coisas da vida são sempre assim
Ora pela fé, ora pelo medo
A diversão da tentativa e erro
Só que estragar a espada não é divertido...
Né, Arthur? Ah, eu falei pra você, mano
Depois de todo aquele trampo:
Perde minha espada,
tira uma da pedra
Chora à Viviane,
briga com a galera
Agora a gente tá na espera de um milagre
Com o Merlin dirigindo depois da catuaba
Escutando esse modão que não acaba
Tá bom. Já deu!
(vish, o Arthur se enfureceu)
Já encheu o saco.
Não derrubaria o refri se você tivesse fechado.
Agora me ajuda a limpar o videogame,
esquece um pouco a mesa redonda,
a dama do lago,
e toda essa história do vovô ser mago!
Vão achar que você é doido!
E tira o meu boné dele, fazendo um favor.
Obrigado.