AONDE VOU PARAR ?

Tornou-se público e notório

Que um dia eu vou morrer

Enquanto não morre essa ideia

Pois sei que vou morrer mas, sem querer

Desprovido de paletó e suspensório

Porém imaginando aonde vou parar

Não como quer a distinta platéia

Nem no Céu eu posso entrar

Pois, em débito com o Supremo Pai

Por conta de umas mixurucas ações

Lá eu seria barrado, cena feia

E também no inferno, por outras questões

Pois o comandante daquilo, ai, ai

Não me suporta e nem eu a ele

Acho que vou virar vento de baleia

Até entranhar nalguma pobre pele

Já que não temos mais o Purgatório

Segundo afirma um altivo crente

Enquanto isso meu sangue corre na veia

E eu vou vivendo, teimoso e temente.

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Bahia, 23-04-2017.

Alorof
Enviado por Alorof em 23/04/2017
Reeditado em 24/04/2017
Código do texto: T5979363
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