SEM NADA, PORÉM TATUADA
Ela caminhava na calçada que o vento varria.
O vento foi ao seu encontro e a acariciou
com sopros tontos de amor.
Descalça, desce a calçada e pisa no chão.
Ele massageia seus pés com grãos de areia e,
lentamente, lhe ergue a saia, tenso de emoção.
Ela se despe, ante assobios e sussurros maliciosos.
O que era brisa suave vira sopro de um furacão,
que, furioso, suas vestes arrastou, inclusive o maiô.
Corpo nu, tatuado de indecifráveis figuras.
Passada a tormenta, procura e procura
a vestimenta que o indelicado vento levou.
Aí, também tracejada de ventania e maresia,
voltou a caminhar na calçada
que o revolto apaixonado ainda varria.
Ela caminhava na calçada que o vento varria.
O vento foi ao seu encontro e a acariciou
com sopros tontos de amor.
Descalça, desce a calçada e pisa no chão.
Ele massageia seus pés com grãos de areia e,
lentamente, lhe ergue a saia, tenso de emoção.
Ela se despe, ante assobios e sussurros maliciosos.
O que era brisa suave vira sopro de um furacão,
que, furioso, suas vestes arrastou, inclusive o maiô.
Corpo nu, tatuado de indecifráveis figuras.
Passada a tormenta, procura e procura
a vestimenta que o indelicado vento levou.
Aí, também tracejada de ventania e maresia,
voltou a caminhar na calçada
que o revolto apaixonado ainda varria.