Loucura

Nós somos veladamente loucos

Chegamos ao cúmulo da lucidez

Ao assumirmos isto aos poucos

Até que admitamos tudo de vez

Ser lúcido é admitir sua loucura

Pois ser louco é negar que se é

Para quem se nega não há cura

Ainda que se faça com muita fé

Considero-me, pois, poeta louco

Da própria loucura faço a poesia

Simples, sem métrica tampouco

A que nos traga alguma fantasia.

marciusantos
Enviado por marciusantos em 19/02/2017
Reeditado em 20/12/2020
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