Loucura
Nós somos veladamente loucos
Chegamos ao cúmulo da lucidez
Ao assumirmos isto aos poucos
Até que admitamos tudo de vez
Ser lúcido é admitir sua loucura
Pois ser louco é negar que se é
Para quem se nega não há cura
Ainda que se faça com muita fé
Considero-me, pois, poeta louco
Da própria loucura faço a poesia
Simples, sem métrica tampouco
A que nos traga alguma fantasia.