POMBO CORREIO AGORA VIROU E-MAIL
Pombo correio agora é Pigeon E-mail.
Ficou mais veloz, pra desespero de nossos avós.
Modernizou-se...
Metamorfoseou-se...
Inglesou-se...
Quando o pensávamos findo,
trocou de janela, vestiu-se de Windows,
e posou numa tela...
Continua a nos dar alegria,
embora, para os durázios,
enseje causa de dor atroz.
Às vezes, se nos fala alto,
aquietamos-lhe a voz,
de forma discreta,
em especial se a mensagem é secreta,
como acontece se estamos a sós,
lido o texto, a gente deleta.
...
Certo dia, cantou o seu passado:
verdadeira melancolia,
mas se dizia cansado de ser tratado
somente como estafeta.
Aí,
pra se ver livre da lendária correria.
Parou a entrega das velhas cartas
em envelopes de borda verde-amarela.
Ao pé da letra:
a estafa de um estafeta.
Aposentou-se por invalidez
e abrigou-se de uma vez
no recôndito de um monitor.
Se convidado for,
ele aparece, ligeiro,
na janela de uma pequena tela.
Para os amantes de antes,
belas lembranças de um fiel mensageiro.
Para os amantes de agora,
coisa de outrora, que "voa ligeiro".
Para o estafeta,
o sonho de morrer poeta.
Ficou mais veloz, pra desespero de nossos avós.
Modernizou-se...
Metamorfoseou-se...
Inglesou-se...
Quando o pensávamos findo,
trocou de janela, vestiu-se de Windows,
e posou numa tela...
Continua a nos dar alegria,
embora, para os durázios,
enseje causa de dor atroz.
Às vezes, se nos fala alto,
aquietamos-lhe a voz,
de forma discreta,
em especial se a mensagem é secreta,
como acontece se estamos a sós,
lido o texto, a gente deleta.
...
Certo dia, cantou o seu passado:
verdadeira melancolia,
mas se dizia cansado de ser tratado
somente como estafeta.
Aí,
pra se ver livre da lendária correria.
Parou a entrega das velhas cartas
em envelopes de borda verde-amarela.
Ao pé da letra:
a estafa de um estafeta.
Aposentou-se por invalidez
e abrigou-se de uma vez
no recôndito de um monitor.
Se convidado for,
ele aparece, ligeiro,
na janela de uma pequena tela.
Para os amantes de antes,
belas lembranças de um fiel mensageiro.
Para os amantes de agora,
coisa de outrora, que "voa ligeiro".
Para o estafeta,
o sonho de morrer poeta.
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