Reles poema idiotinha do triângulo amoroso escaleno de três pobres infelizes na esquina da rua
Que serelepe caminhar é este, vaga?
Deveria exagerar menos, bunda!
Ah, está explicado: tem um sem-o-que-fazer do seu lado.
Quem é? Ahn? Vadinho?
Morra, namoradinho.
Não me conhece mais, é?
Está se achando por causa desse aí?
Que pena! depois de você veio dezoito
Só me faz um favor: se poca pra lá, some daqui
Ah, e antes que eu me esqueça já:
Morra, namoradinho.
E as dores de cabeça? cólicas? TPM? e aquilo tudo?
Agora você vai ao clube, à praça, ao bar, àquela loja, a lista infinda
Faz bem! exercita sua gordura.
E não te chamei à conversa, sai pra lá
Tá surdo?
Morra, namoradinho.
Esqueça que eu existi e o número do meu telefone
E se vira quando tiver fome
Vê se põe o seu crachá de tratante
E tira esse colar ridículo de falso brilhante
Depois faça o que bem quiser
Se vira também, ô mané
Morra, namoradinho.
Quer saber de uma coisa: tô pouco me lixando
Agora vai lá explode o cartão dele
Faz jantarzinho pra ele
Masca de boca aberta seu chicletinho no ouvido dele
Pega o dinheiro dele enquanto estiver dormindo
Mostra quem você é, hein, mulher
Você vai morrer, namoradinho.
E já que está tudo certo
Some da minha frente, vaga
Some da minha vida, bunda
Vai baixar em outro terreiro
Se toca, se enxerga e some
Vá pro raio com seu homem
E desinfete esse ar
Eu já bati bem a porta
Até o Rex desencanou!
O animal é mais esperto
Que o eunuco aí ao seu lado
Fica quieto, pirralho
Olha só, e ainda rebola
Pinta o cabelo, faz e acontece, deita e rola
Eu queria saber onde está sua vergonha
Tira da boca esse sorriso cheio de dente
Apaga esse fogo vermelho dos lábios,
Mulher sem alma de gente
Que que é?
Morra, namoradinho.
Ele ainda não sabe da sua maldade tamanha
Sua prostiputigaliranha!
Depois vai ser mais um da lista
E você de volta a pista
Acabou você, o miojo e a catuaba
É isto: tudo ou nada
E não tem reconquista
Vá potocar seu salto longe de mim
Ouviu, purgante?, chegamos ao fim
É, namoradinho...
As bolinhas do seu vestido não me encantam mais
Nem a boca vermelha carnuda
Nem o charme “mata-rapaz”
Seja feliz se você quis me trocar por esse entojo
Sei que você não tem coração, tem unha encravada
Taí um casalzinho que me dá nojo
Ele paspalho e você cara lavada
Prossegue o rumo e vão pro ninho
E você?
Morra, morra mesmo, namoradinho.