O POETA EM FRENTE AO MAR
Torres -_ RS - Meu Paraíso.
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Cadeira de praia, óleo cinquenta para bronzear
Chimarrão sevado, na térmica a água temperada,
Um litro de conhaque gelado para o calor equilibrar
Carro estacionado na maravilhosa prainha de Torres
Grama, areia, pedras e as belezas dos morros acolá
Mulheres lindas a passear, loiras de porte elegante
A graça e beleza das formosas morenas fico a admirar
Murcho a barriga ergo o peito escolho o lugar preferido
Garboso e sem encabular sento feliz Em Frente ao Mar
Garotas ao redor desfilam em prometedores sorrisos
Sentem-se alegres, é privilégio deste paraíso desfrutar
Corpos de tirar o fôlego e eu paro de sorver o chimarrão
Preciso rápido um estimulante gole de conhaque tomar
Antes que alguém me belisque fazendo os olhos desviar
E olhar os muitos vendedores ambulantes passando
Juro que é a ultima coisa que vim fazer A Beira Mar.
Pego um papel e caneta, alguma coisa vou escrever
Mas os olhos não param e não me deixam concentrar
Além do mais a cada dose fica tudo mais interessante
E como sou bonitinho dez se aproximam para conversar
Ardentes todas passam a mão, como se promessa fosse
Estou lhe querendo, vamos mais tarde nos encontrar.
Meu anjo da guarda, por favor, me acuda ligeirinho
O mastro está armado e a bandeira não posso hastear
Sem o anjo para ajudar preciso de um banho gelado
Levanto e saio meio curvado as ondas vou enfrentar
Aperto com jeitinho a saliência e saio torto a capengar
Água fria acalma e retorno sossegado para a cadeira
Encontro cartões marcando a hora certa para telefonar.
Assim é que acontece quando o poeta está na prainha
E deve ser por isto que ando pálido e bem magrinho
Culpa deste afrodisíaco paraíso e das lindas mulheres
Que em desejos desfilam rebolando Em Frente ao Mar.
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Elio Moreira - Torres - RS