Bobo

Bobo

Oh, bobo! Oh, bobão!

Que não tens um tostão,

De riso tão forçado,

Fato mal amanhado...

Oh, bobo, que bobagem!

Nessa triste imagem,

Pobretanas errante,

Que piroso tratante!...

Oh, bobo, trapalhão!

Bobo sem coração,

Canta-me doído fado,

De dores e pecado...

E nessa parca mensagem,

Ousa de boa coragem -

Não sejas mais pinante -

Em tom forte, troante...

Bobo, canta a paixão,

Diz sim, nunca um não,

Ao amor desejado,

Sublime, tão clamado.

Enceta nesta viagem,

A fé de quem, em romagem,

Suplica delirante,

Um terno ai de amante!

Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 28/03/2016
Código do texto: T5587143
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