Homem lunduzento
Pra homem que tem lundu
Só posso escrever assim
Deus permita que uma abelha
Ou até mesmo um cafínfim
Enfie um ferrão na testa
Pra deixar de ser assim
Eu tomara que tu caia
Em cima de uma coivara
Cheia de espinhos e vara
E os restos de cupim
Pra ver se tu se ajeita
Pra deixar de ser assim
Quem me dera que te visse
Depois de todo espetado
Com o cabelo arrepiado
E com o cheiro ruim
Eu até ia achar graça
Pra deixar de ser assim
Se caisse um urubu
Pensando que era carniça
De carne podre ou toucinho
Deus me perdoe coitadinho
Ainda assim gargalhava
Pra deixar de ser assim