Colono na Praia.
Ao visitar uma praia
La praz bandas do Imbé
Foi eu e as duas filas
Junto com minha mulhe
Mas o nosso belo carro
Atolou naquele barro
E tivemos que ir a pé.
Comecei a embrabar
E até ficar com medo
O nosso belo carinho
Metido naquele enredo
O jeito foi ir a pé
Peguei chinelo e boné
E elas com creme até nos dedo.
Depois de andar mais um pouco
Cheguei a ficar gelado
Só podia ser surpresa
Que tinham me preparado
Pois nunca vi tanta gente
Embaixo de um sol tão quente
E fui ficando entusiasmado.
Não me agüentei de curioso
E logo fui perguntando
Porque será tanta gente
O que esta se passando
E que tanto guarda chuva
Se o tempo tá que é uma uva
E nem pinga tá pingando.
Então foram me dizendo
Que o calor não era mol
Que não era guarda chuva
Era o tal de guarda sol
E eu que pensei ser um bosque
Até o tal de quiosque
Pensei que fosse um paiol.
Ao me chegar mais pra perto
Ai foi de arrepiar
Um aguaceiro danado
E eu com vontade tomar
Como estava bem fresquinha
Deitei o queixo na bichinha
E tomei até me entorta.
Depois de encher a barriga
Eu até me senti mal
Mas que gosto tão ruim
Como tá forte de sal
Ai foram me dizer
Que não dava pra beber
A água não era normal.
Então parei pra pensar
Como é a minha sina
No meio de tantas mulheres
E também lindas menina
Olhei e não vi banheiro
Lembrei que o gosto e o cheiro
Só podia ser urina.
Fiquei mais aliviado
Ao avistar uma torda
Vi que estava bem firme
Amarradinha com corda
E pra me tranqüiliza
Não cansava de fala
O que não mata engorda
Aos poucos fui me acostumando
Com o tal de veraneio
Cheguei a ficar faceiro
Como criança no recreio
Não quero que ninguém se ofenda
Mas fiquei de olho na merenda
Quase que o tempo inteiro.