Bilu bilu, mocréia varejão, poesia amalucada

A abelha bilú me conhece, despedaça, me oferece uns florais
Encantada achei que eu era princesa, donzela dos mil mimos

Uma colméia e eu o seu doce, assim é minha formosura farta
E de bela podia ter sido, mas sou, feia quietinha embelezada
 
Não pude ser bela, o tempo gastou-se, ou fiquei ao sótão sós
De amor nada entendo e minha música toca encantada valsa

Dancei, tremia, esfregava as pernas, e um orgasmo criancice
E deixei um mel na calça e mal reparei que nem calças tenho!

Endoidece a grandeza de uma louca mas não o seu desfazer
E veio a rasgar revistas e tomar meu dinheiro, e não é besta!

Ri de tudo, e sorri por tudo e o nada se faz mister requebrares
E meu corpo chacoalha neste pleno vento saboroso de curtir!

Ai, delícia e poetisa, esse devia ser meu nome, em separado!
Mas deito a rolar de risos ao chão, como a doida sem perucas

Como é enorme esta noite que se agiganta, o desejar estelar
Na Lua acima, a minha acompanhante sideral nas horas vãs...

            
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 21/08/2015
Reeditado em 21/08/2015
Código do texto: T5354239
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