Dia-a-dia com o Medo
Medo, desde quando acordo cedo
Até quando não aguento e ao sono cedo
Começa ao botar o pé no chão
e ter medo do monstro embaixo do colchão
Depois ao olhar no espelho e se assustar
Quando a cara de um morto contemplar
Já de tarde, no conforto do lar, na sala de estar
Assistindo a um filme de horror, ver um monstro na TV
E ter medo dele te ver
Na hora do jantar, sou cauteloso, pois a cautela afasta o Medo
Por hora, estarei seguro
Até o piscar das luzes, que anunciam sua volta
Nada pode deter o Medo para sempre
Então o chamei para sentar-se à mesa
Esperei o momento da sobremesa
E comecei a brincadeira
BU!
Com um grito estridente preguei uma peça no Medo
Para ele se assustar e só voltar quando o dia recomeçar.