DESTINO

Por trás dos óculos de lentes grossas,

Vive um rapaz tímido.

Sente-se só no meio dos ruidosos colegas.

Ama, em silêncio, a garota da frente,

Que não sabe da sua existência.

Os anos passam a galope.

O médico bem-apessoado

Olha a paciente gorducha, um tanto afetada,

Mas de riso solto e boca carnuda.

Seu nome não lhe é familiar.

Que poder tem o destino,

Para reter em suas mãos,

As cordas das marionetes?

Seria esta vida uma grande farsa?

Teriam sido os dois mais felizes juntos?

Beth Rangel
Enviado por Beth Rangel em 06/08/2015
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