DESTINO
Por trás dos óculos de lentes grossas,
Vive um rapaz tímido.
Sente-se só no meio dos ruidosos colegas.
Ama, em silêncio, a garota da frente,
Que não sabe da sua existência.
Os anos passam a galope.
O médico bem-apessoado
Olha a paciente gorducha, um tanto afetada,
Mas de riso solto e boca carnuda.
Seu nome não lhe é familiar.
Que poder tem o destino,
Para reter em suas mãos,
As cordas das marionetes?
Seria esta vida uma grande farsa?
Teriam sido os dois mais felizes juntos?