As palavras longínquas de um machucado
Arde...
Queima...
Dói.
Sua saída
minhas entranhas
corrói.
Notável
foi
sua chegada, e,
ignominiosa
será
sua retirada.
Não sentirei,
portanto,
sua falta,
mesmo que
para o espaço vá,
como astronauta.
É merecedora de troféu,
por ser
lerda
e irá cair afundo no vaso,
por ser
merda.
E assim termina
o meu
defecar,
que reservei
para
lhe difamar.
Já caguei.
Caguei parte
por parte
os versos
que se moldam
na arte.
Afinal,
em Marte também existe
arte,
e é a mesma
arte
daqui.
O mesmo sentir
de ver lá longe
uma caixa.
Porque a merda,
vista de longe,
é apenas merda
em resolução baixa.