Sinal aberto
Sua bênção bom humor,
esta dádiva divina
que me tirou da latrina,
onde o diabo quis me pôr.
Cheirando a cocô fedido,
que até o sexto sentido,
da mãe do cão rejeitou.
A droga da depressão
foi me apertando no laço,
foi me puxando pra baixo,
me atolando no chão.
Desafinou meu compasso,
anunciou meu fracasso,
adormeceu meu tesão.
Não fosse o meu bom humor,
esta dádiva divina,
e estaria na latrina
vestindo merda à rigor.
Dançando pela descarga
daquela bacia larga,
volatilizando o fedor.
Um cheiro forte e azedo,
cheiro de morte e desgraça,
de quem cuspiu a cachaça
que a goela arrotou no dedo.
O cheiro do pensamento
que espalhou pelo vento
a vil fragrância do medo.
Meu bom humor, obrigado,
por eu ter rido do tédio,
não ter que tomar remédio,
nem procurar um culpado...
ter vencido a depressão,
saído da contramão
sem furar sinal fechado.
Sua bênção bom humor,
esta dádiva divina
que me tirou da latrina,
onde o diabo quis me pôr.
Cheirando a cocô fedido,
que até o sexto sentido,
da mãe do cão rejeitou.
A droga da depressão
foi me apertando no laço,
foi me puxando pra baixo,
me atolando no chão.
Desafinou meu compasso,
anunciou meu fracasso,
adormeceu meu tesão.
Não fosse o meu bom humor,
esta dádiva divina,
e estaria na latrina
vestindo merda à rigor.
Dançando pela descarga
daquela bacia larga,
volatilizando o fedor.
Um cheiro forte e azedo,
cheiro de morte e desgraça,
de quem cuspiu a cachaça
que a goela arrotou no dedo.
O cheiro do pensamento
que espalhou pelo vento
a vil fragrância do medo.
Meu bom humor, obrigado,
por eu ter rido do tédio,
não ter que tomar remédio,
nem procurar um culpado...
ter vencido a depressão,
saído da contramão
sem furar sinal fechado.