FECHICLER (((para o sarau literário, a convite da poetisa LYDIENE MARYEN))) por: Aleixenko Oitavo
FECHICLER
Não sou muito de usar cueca
Gosto do bicho livre e solto
Às vezes arranha a careca
Mas ele fica mais desenvolto
Todas minhas calças têm fechicler
Porém estão sempre emperrando
Que inveja de calça de mulher!
Na cintura o elástico contornando
Obrigatoriamente fui tirar água do joelho
Disfarçadamente num local bem inusitado
Viche! Estava sendo visto, fiquei vermelho
Pretendia estar escondido atrás do mercado
Sobreveio um dos tais emperramentos
Ocorreu como um desmedido incidente
Não percebi enganchados os documentos
Presos tecidos e o desmilinguido inocente
A agonia insuportável tirou a inibição
Pedi ajuda à primeira alma passante
Com uma mão ao saco dava proteção
Com a outra auxiliava ao ajudante
Puxamos com uma violência exagerada
De dor proferi um verdadeiro berro
A costa da estrovenga ficou dilacerada
Desejei que o coitado fosse de ferro