ENCALHADO (((para o sarau literário, a convite da poetisa LYDIENE MARYEN))) por Aleixenko Oitavo
ENCALHADO
Se não é engano meu
Exagerei comendo queijo
Só tinha que dar no que deu
Agora estou aqui com pejo
Começou com um ronco
Intestino grosso reclamando
Mas como sou meio bronco
Não dei bola, fiquei assuntando
Lembrei! Também comi mutamba
Danada de boa para ressecamento
Sobrevieram as dores, caramba!
Insuportáveis naquele momento
Corri e assentei no trono
Fiz força como um touro
Mudo e melhor me posiciono
Para preservar as pregas de couro
Faço um escândalo e grito
Saiu apenas um pedaço
Mais duro do que granito
Razão do meu estardalhaço
Ainda tinha muito lá dentro
Estava por demais encalhado
Meti o dedo no epicentro
Retirei tudo despedaçado
CONVIDO:
poetisa CRISTINA GASPAR
poetisa KATHMANDU
poeta ILMAR
poeta JÔ PESSANHA