Relógio assombrado

Tic-tac, esse cara sempre para,

Quando paramos para observá-lo.

Quanto mais observamos sua escala,

mais ele estende seu intervalo.

Olhamos o mesmo relógio,

E habitamos tempos distintos,

O meu parece, de mim, ter ódio,

Passa um minuto aqui, aí cinco.

Tic-tac, parece estar com preguiça,

Ou com muito tempo de sobra,

Ponteiros que deveriam ir, ficam!

Nessa brincadeira, ele, de mim, rouba!

Apresse-se! Seu trapaceiro!

Ponteiros deveriam andar para frente!

Conte os segundos sendo verdadeiro!

Relógio assombrado! Por que és tão delinquente?

Thiago José
Enviado por Thiago José em 27/05/2015
Reeditado em 13/08/2015
Código do texto: T5256965
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