Relógio assombrado
Tic-tac, esse cara sempre para,
Quando paramos para observá-lo.
Quanto mais observamos sua escala,
mais ele estende seu intervalo.
Olhamos o mesmo relógio,
E habitamos tempos distintos,
O meu parece, de mim, ter ódio,
Passa um minuto aqui, aí cinco.
Tic-tac, parece estar com preguiça,
Ou com muito tempo de sobra,
Ponteiros que deveriam ir, ficam!
Nessa brincadeira, ele, de mim, rouba!
Apresse-se! Seu trapaceiro!
Ponteiros deveriam andar para frente!
Conte os segundos sendo verdadeiro!
Relógio assombrado! Por que és tão delinquente?