Acordem! A Gisele sumiu
O Espírito me disse:
Isso é gente sem valia;
Mas eu acreditei na Gisele,
Pensei que a ela ele excluía.
E ainda que eu não quisesse,
Meu consorte me autorizou;
Disse que eu participasse
Como poeta ou escritor.
E mesmo depois continuei
A desconfiar de tudo;
Mesmo assim eu paguei,
Ainda que meio orelhudo.
E não deu noutra,
Demorou até se confirmar;
Aquela tal escritora
Foi a outros enganar.
Sumiu do pedaço
E não me deixou saudades;
Foi-se sem abraço,
E até que já foi tarde.
Foi estelionato,
Disso eu não duvido;
Mas ficou o seu retrato
Gravado no meu juízo.
E lá nos encontraremos,
E é possível que eu lhe julgarei;
Frente a frente estaremos,
Quando então eu lhe direi:
Você se enganou
Quando pensou que me enganava;
Pensavas que bobo eu sou,
Mas bobo era quem pensava.
O que rouba é um infeliz,
Deixou o caminho correto;
Amontoa maldição para si;
É miserável, nu e cego.
Deixou decepção
Para outros enganados;
Magoou corações
Com seu irrefletido ato.
Isso já não me surpreende
Nestes tempos “black bauer”;
O que não se entende
É porque se igualou ao Nicolalau.
No homem vil ou bruto
Não podemos mesmo confiar;
Mesmo com papéis e tudo,
Melhor mesmo é não arriscar.
Ela fez contrato,
Promissória e tudo o mais,
Pra garantir o seu lado
E nos passar pra trás.
Mas devem lhe procurar;
Acionar a Internet já!
Queixa devem dar,
Ou pra linha direta ligar.
Comecem pelo Procon,
Depois vão a Sefaz;
Dar queixa na PF é bom,
Pois o que ela fez não se faz.
Será que ela é mesmo escritora
E artesão o seu consorte?
Ou ela seria promotora
De bem planejados golpes?
O negócio parecia realidade,
Até editora havia.
Também a “Point Publicidade”
Parte do golpe fazia.
E deu no que deu, senhores;
Calote em mais de uma centena:
Eu e vocês, poetas e escritores,
Que nos promovemos com penas.