PEIDINHO INOCENTE
Desejos inesperados em momentos inoportunos,
Tentando ser mais um anônimo em meio à multidão,
Nos sopros escondidos que habitam todo ser,
Que externamos em uma fila ou no barzinho, com estranhos ou amigos.
O invisível perceptível invade a respiração sem pedir licença,
Às vezes sem dolo, não se pode controlar,
E quando notamos o estrago tentamos disfarçar,
Evitando ser nomeado autor do peidinho inocente que paira sobre o ar.