ME DA UM TRÉCO

Sou calma, e carinhosa

Chegada a uma boa prosa

Mas se pisa no meu poncho!

Me extresso, me dá um tréco

Ja pego do pescoço

Faço boi virá marreco.

Outro dia fui assaltada

Trinta e oito na cabeça

Senti uma tremura

Gritei: Marginal não me enloqueça!

Fui rápida com o pé

E fui direta no saco

As bolinhas se perderam

E o saco?

O saco virou trapo.

Fiquei uma hora na fila

Para pagar uma continha

Chegou uma guria

se fazendo de louquinha

Peguei ela dos cabelos

E ja derrubei no chão!

Fiz ela virar sabão.

Eu sei que sou calminha

Mas ninguém merece minha vizinha.

Me chamou de velha louca

Me extressei, me deu um tréco

Dei-lhe um soco na boca

Ela gritou velha assanhada

Dei-lhe outro, ela ficou desdentada.

Só me da tréco, não sou doida

Eu sei que sou calminha

Agora tomo dez diazepam

Vou dormir na minha caminha.