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HUMOR NOTURNO
Um mosquito aprendiz
Sem o menor constrangimento
Tentava acertar meu nariz
O que era um tormento
Tinha o canto desafinado
E voava entre meus olhos
Com objetivo obstinado
Por mais que tentasse o pouso
Na cantoria sem fim
Tirava o meu repouso
Mas não acertava em mim
Fiquei muito chateada
Com a tentativa frustrada
Do bebê da mosquita
Que coisa mais esquisita
Nossa briga e tentativa
Eu ficava na esquiva
E ele mirando em mim
E ficamos nesta luta
Sem ele conseguir me acertar
E não parava de cantar
Na sua árdua labuta
E para encurtar o caso
Dei um safanão
E ele foi parar no chão
Um tanto desasado
Olhei-o com um pouco de dó
E o inseto, atrapalhado,
Foi picar a vovó
Que dormia ao lado.