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HUMOR NOTURNO
 
 
Um mosquito aprendiz
Sem o menor constrangimento
Tentava acertar meu nariz
O que era um tormento
 
Tinha o canto desafinado
E voava entre  meus olhos
Com objetivo obstinado
 
Por mais que tentasse o pouso
Na cantoria sem fim
Tirava o meu repouso
Mas não acertava em mim
 
Fiquei muito chateada
Com a tentativa frustrada
Do bebê da mosquita
 
Que coisa mais esquisita
Nossa briga e tentativa
Eu ficava na esquiva
E ele mirando em mim
 
E ficamos nesta luta
Sem ele conseguir me acertar
E não parava de cantar
Na sua árdua labuta
 
E para encurtar o caso
Dei um safanão
E ele foi parar no chão
Um tanto desasado
 
Olhei-o com um pouco de dó
E o inseto, atrapalhado,
Foi picar a vovó
Que dormia ao lado.




 
 
MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 11/01/2015
Código do texto: T5098299
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