A CARA É MESMO MINHA
Ysolda Cabral
Usando os recursos vocais do Vento,
o Tempo caminha cantando contente,
marcando sem pena a cara da gente.
Há quem não goste e se ressente!
Não estou nem aí, eu dizia!
Achava que ele jamais me afetaria.
Até que o espelho me mostrou,
uma cara que eu não tinha.
Resolvi apelar para fotografia!
E tirei uma, tirei duas e tirei muitas.
Em todas a cara esquisita lá estava.
E agora o que eu faria?
Chorei e a cara entortou, distorceu!
Ficou tão feia que a sorrir se deu.
E foi sorrindo que reconheci:
Pois não era mesmo eu!
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Praia de Candeias-PE
Em noite de reconhecimento
28.09.2014